banner

blog

Sep 02, 2023

Soldados Wagner protestam contra militares que assumem o controle das operações de Prigozhin

Os soldados do Grupo Wagner estão numa situação difícil enquanto os militares russos expulsam o grupo paramilitar de África e do Médio Oriente após a morte do seu fundador, Yevgeny Prigozhin, de acordo com uma mensagem de áudio que vazou.

No clipe de áudio obtido e verificado pelo meio de comunicação investigativo russo Important Stories, um representante do Grupo Wagner disse que dez de milhares de combatentes, incluindo muitos que foram enviados para a Bielo-Rússia após o motim fracassado de Prigozhin em 24 de junho, estão descobrindo que estão sendo impedido de trabalhar em meio à concorrência do Ministério da Defesa da Rússia e da Guarda Nacional.

O Grupo Wagner, que foi formado em 2014, fornece combatentes para alugar e foi acusado de fazer o trabalho sujo da Rússia em regiões como a Síria, a Líbia, a República Centro-Africana, o Sudão, Moçambique e o leste da Ucrânia. Os seus contratantes foram acusados ​​de cometer violações dos direitos humanos.

Os combatentes do Wagner foram expulsos da Ucrânia depois que seu falecido chefe, Prigozhin, liderou um motim fracassado contra os altos escalões do Kremlin em 24 de junho. Seus mercenários marcharam em direção a Moscou depois de assumir o controle da cidade de Rostov-on-Don, no sul, e depois voltaram menos de 24 horas após o início do motim. Os combatentes de Prigozhin e Wagner que participaram no motim foram enviados para a Bielorrússia ao abrigo de um acordo supostamente intermediado pelo líder bielorrusso Alexander Lukashenko.

A Newsweek entrou em contato com o Ministério da Defesa da Rússia por e-mail para comentar.

Prigozhin, antes de seu jato particular cair na Rússia em 23 de agosto, provocou uma nova "missão" na África em um vídeo divulgado em 21 de agosto. O canal Gray Zone do Telegram, ligado a Wagner, publicou o vídeo, dizendo que mostrava Prigozhin dando um endereço de um país da África, “onde a presença do Grupo Wagner é cada vez maior”.

De acordo com histórias importantes, o Grupo Wagner está agora a recomendar aos seus combatentes que encontrem outros empregos, dado que já não pode participar na invasão em grande escala da Ucrânia pelo presidente russo, Vladimir Putin, e porque está a ser lentamente expulso de África e do Médio Oriente. devido à forte concorrência.

"Nossos funcionários muitas vezes perguntam o que fazer a seguir. As férias estão chegando ao fim. Eles têm que trabalhar. Pessoal, entendam que a situação é extremamente difícil", disse o representante.

“Temos várias dezenas de milhares de combatentes treinados prontos para trabalhar e prontos para defender a pátria, mas devido às circunstâncias conhecidas, ainda não temos permissão para entrar. Somos agora forçados a procurar trabalho em África e no Médio Oriente. A situação lá também não é fácil", disse ele.

O representante do Wagner disse que o grupo enfrenta “acirrada concorrência” do Ministério da Defesa e da Rosgvardia (Guarda Nacional), “que também estão a planear e a tentar entrar lá com atividades semelhantes às que estávamos a fazer”.

Segundo o representante, Prigozhin “resolveu estas questões” durante a sua última viagem à África, e agora “serão resolvidas posteriormente pela liderança”. Ele disse que o Wagner tentará dar trabalho aos seus combatentes, mas “quando, quanto, ainda não sabemos”.

"Portanto, espere ou procure outras opções de ganhos temporários ou permanentes. Fique de olho na situação internacional. E se a nossa equipe for novamente convidada e autorizada [a lutar na Ucrânia], retomaremos a atividade ativa no recrutamento, no retorno dos nossos funcionários. Haverá trabalho", acrescentou.

Prigozhin foi sepultado em um cemitério particular em São Petersburgo na terça-feira. A causa da queda do avião permanece obscura, mas a Ucrânia e a Rússia negaram a responsabilidade.

Você tem alguma dica sobre uma notícia mundial que a Newsweek deveria cobrir? Você tem alguma dúvida sobre a guerra Rússia-Ucrânia? Informe-nos via [email protected].

Você tem alguma dica sobre uma notícia mundial que a Newsweek deveria cobrir? Você tem alguma dúvida sobre a guerra Rússia-Ucrânia? Informe-nos via [email protected].
COMPARTILHAR